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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A RECEITA PARA O DIA NASCER FELIZ

LUIZ ZATAR
Escrevo contos desde meus 11 anos de idade, escrevo livros, mas poucas vezes tenho a oportunidade de publicá-los. No Brasil, não é nada fácil, distribuí-los muito menos. Mas reside nos contos um grande prazer, o de resgatar o impossível, o de realizar o irrealizável, o de viver em outras vidas e outros tempos e sim, alguns destes contos me fizeram sentir bastante vivo.






Luiz Zatar e Verônica 32 anos depois na mesma casa onde fizeram um curta baseado num conto do autor: O ENCONTRO




Há um desejo de ser feliz no ar, um desejo de se encontrar com aquela simplicidade ( cumplicidade ) que nos dava tanto prazer. Tudo é ilusório mas tudo pode ainda acontecer.

A eternidade mora no momento em que a gente parece agarrar o impossível e ela tem de ser saboreada não como num rodízio de pizza. Algo especial sempre mora nas nuvens. Esse é o segredo de tudo que é unico: jamais poderá ser repetido, seja o traço de um artista até uma tarde onde tudo INEXPLICAVELMENTE dá certo.

Estava lendo um livro que dizia que uma das paixões atuais da sociedade é sentir medo. Ou seja, perante a inacapacidade de encantar-se com a vida, as pessoas passararm a ter medo de tudo. Virou moda as relações passageiras e rasas, o não aprofundamento dos afetos, a alienação como fuga... bem, tudo me levou a questão: Como encantar-se novamente, como retirar da vida esses elementos de prazer, de alegria, que dão significado a tudo o mais?

Uma outra revista que parecxe falar do emsmo assunto, recomenda: Faça uma festa, reúna amigos em casa, ou reúna pessoas para um mesmo passeio, um pic-nic, um churrasco, etc... Enfim, tudo volta a se resumir que a felicidade pode ser encontrada nos amigos que fazemos, nas viagens que travamos, nas descobertas e nos momentos únicos que irão criar alicerces mais sólidos... o grande problema é ONDE ESTARÃO ESSES AMIGOS? O escritor de O PEQUENO PRÍNCIPE já dizia que o ser humano se tornou triste porque nas cidades não existem lojas de amigos. E o homem se acostumou a comprar tudo e a querer ter tudo pronto. No fundo sabemos que para uma amizade existir precisamos criar laços, vínculos, pontes, portas. E hoje existem tanats desculpas para nos distanciarmos cada vez mais de pessoas que nos trariam alegria real, que estenderiam aquele momento de prazer e compartilhariam conosco trazendo novidades... mas onde estão os outros? Na internet, atrás de um bom filme, de um bom site. Talvez lendo esse blog, esse jornal.

OS AMIGOS NOS AJUDAM A DAR SIGNIFICADO A MOMENTOS PRECIOSOS DE NOSSAS VIDAS, isso sim é importante termos sempre em mente.

Então passei a esmo a escrever o que nos dá prazer, e falo principalmente dos pequenos prazeres, aqueles que são reais e ao nosso alcance, mas que nos brindam com magia, calor, ternura, contentamento. Tudo o que mais precisamos...


Nada melhor que um beijo surpresa, um afago insesperado,

Um desfile de guarda chuvas, um céu azul, árvores que dão flores cor de rosa

Folhas cobrindo caminhos, miados de gatos, florestas de sequóias, música country

Correr pela montanha imitando a Família Von Trapp, qualquer montanha.

Luar do sertão, farofa tropeiro, os encantos das grutas,

descobrir episódios inéditos de seus seriados favoritos

descobrir a figurinha que faltava no álbum, mesmo que hoje não se façam mais álbuns

Voltar ao restaurante preferido na Serra, descobrir recantos novos.

Estar com amigos verdadeiros. Uma lasanha no frio, pastel de camarão à beira da praia, pedir colo para assistir ao seu filme de suspense.

Céu salpicado de estrelas, grilos cantando na mata.

Cartas de amor. Bolinhos de chuva.

O navio de Peter Pan sobre os telhados de Londres.

As curvas da estrada de Santos. Escrever seu nome na areia.

Ganhar presente. fazer um churrasco no sítio. Uma grande festa junina. ver o sorriso dos amigos. Fazer arte...

Encontrar um bilhete seu para nos encontrarmos mais tarde

Ter um lugar especial só nosso para sonhar

Cochilar na rede da varanda ouvindo a chuva a bater nos telhados, ouvir os jamelões caindo...

Ver peixes dourados no rio, ouvir uma canção que alguém fez só para você

Ou acordar com alguém cantando essa canção.

Maria Mole em saco de doces de São Cosme e Damião

Sentir o cheiro dos jasmineiros à noite

Saber que quem telefonou e lhe fez acordar no meio daquela cidade estranha com os isnos da igreja a badalar ERA a pessoa que você mais amava

Sentir que você agora tem alguém para quem VOLTAR!


Espero que curtam esses pensamentos e pensem naquilo que lhes façam felizes, que
pricipalmente ENCONTREM e realizem ESSA FELICIDADE.


















































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terça-feira, 3 de agosto de 2010

DURMA-SE COM UM BARULHO DESSES!

Eu e Rolande Fichberg trabalhando em seu livro belíssimo COMPANHEIROS DE VIAGEM, que narra a saga de sua família que fugiu do Nazismo até atravessar os alpes suíços e mais tarde chegar ao Brasil. Rolande é um ser humano brilhante, cativante, com uma alegria única no olhar. Tive a honra de viver suas histórias e trabalharmos na narrativa a quatro mãos, além de uma centena de vozes que através dela e de mim puderam voltar a falar e dar seus depoimentos de vida. O livro sairá pela GARAMOND.

OS DIAS QUE NOS AFLIGEM...


Neste momento em que alguns falam, profetizam mais uma vez o fim do mundo - ao escrever isto é que me dou conta da coisa aloprada que isto é. No fundo queremos falar do horror, estamos cansados do horror e da violência silênciosa desses nossos dias, apesar de compactuarmos com ela, compactuar pelo cansaço, por ver que não conseguimos mobilizar nada nem ninguém, que todos continuam impassíveis e fechados em suas vidas, pobres ou ricos, um bando de seres individualistas olhando para seus umbigos.
Quando as pessoas olham para a violencia de um tiroteio num estacionamento de um shopping, ou mesmo dentro de uma faculdade nos Estados Unidos, não estão vendo que ali mora o fenômeno de uma terra capitalista que despreza o homem e não existe para o ser humano e sim para o sistema de fabricação e consumo, tal sistema sim, fadada a derrocada. ( Não necessáriamente que tenha de aparecer novos atentados como o marcante 11 de setembro de 2001 para constatarmos que o céu está desabando. )
Quando essas mesmas pessoas olham para o que fizemos a atmsofera, aos rios, aos mares e as florestas e nossas consci~enmcias nos apontam o degelo das calotas polares, aí as pessoas gritam por dentro apavoradas, Não há volta! Tudo indica sinais dos fins dos tempos! E Sequer olham para poucas décadas atrás quando grassava o Nazismo, o fascismo, todos os ismos, que hoje, aos jovens internautas meio desatrelados do trem da história não conseguem ter uma idéia de quanto sangue e barbárie conseguimos escapar, nós, os sobreviventes! De certa forma como uma raça em evolução num planetinha estamos evoluindo bastante, apesar de todas as ciladas da vida!
Certamente nos encontramos à beira de uma transição tecnológica ímpar, transição climática, transição política social, berrando para que façamos algo decente. Mas tudo o que o que a indústria faz é colocar a mídia reivindicando e explorando nossos medos acerca do fim dos tempos, ( já que não foi em 1999 para 2000, tem que ser no tal calendário Maia, que encerra seu ciclo de registro do tempo em dezembro de 2012, e vem fita e blue ray e efeitos e novamente a estátua da liberdade pela centésima vez é jogada no chão... Estamos vivendo a Era da idiotização, do buraco MORAL, do vazio Existencial, e haja VUVUZELA!

É vulcão entrando em erupção, enchentes, terremotos a ecoarem e balançarem todos os quadrantes do planeta, tsunamis, ameaças de confrontos nucleares, e por outro lado novas conquistas com as células tronco fazendo os cegos enxergarem, algumas pessoas que só andavam de cadeiras de rodas correrem... é para refletirmos... Estamos num tempo em que nada é impossível. Já estamos curando antigas doenças, preconceitos. E vai ser precisamente agora depois de tanta dor e sofrimento que o mundo vai acabar? Meu pai sempre falava que o mundo acaba para quem morre. Estamos crescendo! Precisamos saber escolher, aprender a conviver com o bem e com o mal para exercemos o livre arbítrio. Afinal, aparentemente todos desejam e querem ardorosamente um mundo melhor para seus filhos, certo? Muita saúde e dinheiro no bolso aos homens de boa vontade... pois é.

Agora descobriram que o tempo está andando mais rápido! Que estamos unidos e pretos vermelhos e brancos sentem a mesma coisa! Ora, quanta novidade, não é mesmo? Talvez um dia venhamos a conversar telepaticamente, a nos contactar por ondas de pensamento. Finalmente nos cinemas chega Chico Xavier, Nosso lar, finalmente estamos vivendo a realidade da física quãntica. Pena que ainda não é para todos, cada um tem sua trajetória neste plano, cada um tem ou não compromissos, mas certamente todos querem uma coisa: Serem felizes e terem grande parte de suas necessidades atendidas. Fora o fisiologismo, que olhemos um pouco para o nosso lado espiritual. Melhor, que olhemos para todos os lados.
Viver é preciso, se comunicar é necessário. Quero ganhar presente de papai Noel e ovo da páscoa, quero poder saqir na rua e não achar que todo mundo pode andar com uma faca escondida. Quero uma casa no campo onde possa levar os amigos, ou mesmo amigos que possam construir uma casa, um lar, pessoas que cantem, dancem e sonhem, acima de tudo que não tenham perdido a capacidade de sonhar. Quero balangar numa redinha na varanda sentindo o vento no rosto mesmo que eu não esteja hospedado num Resort da moda. Quero vida e gente de verdade e não de pessoas que passem por sua vida sem nada registrar, sem deixar sequer um sorriso. Vamos voltar a nos falar!